SHEKINAH THEOLOGICAL INSTITUTE
O LIVRO DO APOCALIPSE
É também chamado Apocalipse de São João, é o último livro da Bíblia e o último da seleção do Cânon Biblico.
A palavra Apocalipse, vem do grego αποκάλυψις, apokálypsis, que significa "revelação“.
O apocalipse, para o judaismo e o cristianismo, é a revelação divina.
As Bíblias na lingua Portuguesa usam o título Apocalipse e não Revelação.
O significado desta palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo errôneo de "fim do mundo“.
Um exemplo é quando o apocalipse fala que antes da batalha final, os exércitos se reunirão na planície de "Har Meggido" (a colina de Meggido).
Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Meggido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final. APOCALIPSE 1:1-8
1- Introdução
Atualmente está havendo um grande interesse em estudar este assunto, à medida que é comum se associar Apocalipse às coisas referentes ao final dos tempos. No apocalipse consta coisas que já aconteceram, e estão acontecendo e coisas endereçadas ao futuro.
Para entendermos o Apocalipse vamos responder a algumas perguntas tais como:
- Por que o livro foi escrito ?
- Qual o contexto histórico ?
3. Qual o seu objetivo ?
4. Qual a linguagem usada no livro?
5. É a mesma usada nos demais livros da Bíblia ou é diferente ?
6. Para quem foi escrito o livro ?
7. Por que o autor usou linguagem tão carregada de símbolos, tão codificada ou “encriptada”?
8. Como decodificar essa linguagem ?
Nosso grande desafio, portanto, será procurar descobrir e entender o que este livro da Bíblia tem a nos revelar.
2. A Questão da Linguagem
Para se ter entendimento sobre a mensagem do Apocalipse, os escritos são conhecidos como apocalípticos.
Trata-se de um tipo de literatura surgida inicialmente no Antigo Testamento, em épocas de tribulações, provações, sofrimentos e tristezas. Apocalipse não é o único livro da bíblia que se utiliza deste estilo.
O livro de Daniel, por exemplo, é considerado literatura apocalíptica. O mesmo se pode afirmar para trechos dos livros de Isaias (13 a 14), Ezequiel (1 e 28 a 39), e ainda, Joel (2 a 3) e Zacarias (9 a 14).
No período a partir do ano 210 a.C. e até cerca de 200 d.C. Grande parte dos textos de apocalipse é dessa época, a maioria textos fora do cânon da Bíblia. Entre eles, estão os chamados apócrifos, tais como O Livro de Enoque, Apocalipse de Baruque, Assunção de Moisés, O Livro do Quarto Esdras e outros.
O Apocalipse de João, possivelmente foi escrito na época do imperador Domiciano que governou o império romano entre 81 e 96 d.C.
O texto de apocalipse têm em comum vários pontos. Vejamos alguns desses pontos:
• Salientam esperança e expectativas escatológicas, isto é, ligadas às últimas coisas
coisas ou à consumação da história;
• Apresenta a intervenção de Deus para a redenção do seu povo;
• Interpretam conflitos e problemas em curso, à luz do fim da história. O texto sempre está associado a uma situação histórica crítica. Conhecer essa situação histórica facilita a terpretação do texto.
Os textos em geral se propõem a fornecer conforto, segurança e coragem em dias
difíceis;
• Apresentam mensagens dentro de uma estrutura de visões e êxtases que seus
autores tiveram.
Estas visões são descritas numa série de símbolos extraordinários, tais como, criaturas
estranhas, bestas e animais voadores fantásticos;
• Utiliza uma linguagem rica no uso de símbolos, muitos deles, secretos.
O autor precisava descrever o "indescritível“ e ver o "invisível“.
Além disso, face ao ambiente de perseguição
e opressão existentes, os símbolos eram usados como “criptografia”, isto é, o texto era codificado para que somente aqueles que conhecessem a chave para decodificá-lo pudessem entender seu conteúdo.
O principal motivo para isso era sobreviver à censura e à perseguição do inimigo opressor que certamente destruiria o texto e mataria seu autor, caso conhecesse o verdadeiro significado do escrito.
• Identificam seus autores por meio de pseudônimos para serem melhor aceitos pelo povo, escapando ao mesmo tempo, da oposição e opressão dos inimigos políticos.
O livro que estamos estudando, entretanto, não seguiu essa regra, à medida que João se nomeou seu autor.
Ele declara seu nome, mas esconde sua mensagem no estilo e na codificação da literatura apocalíptica. Na época, João estava exilado na ilha de Patmos e temia ser impedido de divulgar os seus escritos, pelos romanos, seus opressores.
• Apresentam mensagens dentro de uma estrutura de visões e êxtases que seus
autores tiveram. Estas visões são descritas numa série de símbolos extraordinários, tais como, criaturas estranhas, bestas e animais voadores fantásticos;
• Utiliza uma linguagem rica no uso de símbolos, muitos deles, secretos. O autor precisava descrever o "indescritível“ e ver o "invisível“.
Além disso, face ao ambiente de perseguição e opressão existentes, os símbolos eram usados como “criptografia”, isto é, o texto era codificado para que somente aqueles que conhecessem a chave para decodificá-lo pudessem entender seu conteúdo.
O principal motivo para isso era sobreviver à censura e à perseguição do inimigo opressor que certamente destruiria o texto e mataria seu autor, caso conhecesse o verdadeiro significado do escrito.
• Identificam seus autores por meio de pseudônimos para serem melhor aceitos pelo povo, escapando ao mesmo tempo, da oposição e opressão dos inimigos políticos.
O livro que estamos estudando, entretanto, não seguiu essa regra, à medida que João se nomeou seu autor.
Ele declara seu nome, mas esconde sua mensagem no estilo e na codificação da literatura apocalíptica. Na época, João estava exilado na ilha de Patmos e temia ser impedido de divulgar os seus escritos, pelos romanos, seus opressores.
3. Por Que o Livro foi Escrito ?
O Apocalipse foi escrito em um período de grande crise e perseguição contra a igreja primitiva.
Foi escrito para os crentes perseguidos, que viam eles próprios, suas famílias e seus bens serem dizimados pela “besta apocalíptica”, que desejava destruir o Cristianismo.
É um livro escrito para aquele contexto, mas que serve para nós hoje.
Seja com opressões físicas ou materiais, como temos visto, nesses últimos dois mil anos, seja com opressões mais sutis, restritas ao nosso interior, que contribuem para nossas crises, nossas perdas, nossas dores, nossas angústias, frustrações e derrotas.
O Apocalipse de João nos revela que o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo, nos dará a vitória em Cristo Jesus.
É este Cordeiro, é que é o Alfa e o Omega, é Aquele que é, que era e que há de vir, é Ele que “...nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados”.
É Ele que nos fará mais que vencedores em nossa jornada terrena.
Este Cordeiro, é Jesus de Nazareth.
A Interpretação de Apocalipse
Vejamos os principios de interpretação de Apocalipse:
1- Devemos deixar que os textos mais claros tomem precedencia e depois os mais escuros,
2- Não podemos deixar que uma doutrina seja estabelecida sobre uma visão apocalítica em
oposição à definições claras que estão contidas no Novo Testamento, ou especificamente nas epístolas,
3- E principalmente porque o Evangelho de Jesus Cristo é a chave para interpretação de toda a Biblia. O livro do Apocalipse é como um quebra cabeças:
Primeiro devemos encontrar as peças das esquinas. Um exemplo obvio é o Cordeiro e o que vem montado no cavalo branco no capítulo 19, que é Jesus Cristo exaltado.
Há outros símbolos que são definidos no livro, como os candelabros e o dragão.
2- AS QUATRO ESCOLAS
INTERPRETATIVAS:
1- Escola Preterista
2- Escola Historicista
3- Escola Idealista
4- Escola Futurista
2- As quatro Escolas Interpretativas:
1- A Escola Preterista (de pretérito=passado)
Descreve os eventos do tempo de João Batista até o final do Império Romano.
A besta pode ser vista como o Império Romano e Babilonia. Apresenta claras referencias a Roma do tempo de João, e é importante conhecer as circunstancias do tempo de João.
Em Apocalipse 1:11 Deus fala com João: “Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.
Deus cuida em preservar a sua palavra através dos séculos. Assim como a carta aos Corintios trata de problemas específicos que existiam na época.
O Apocalipse trata dos problemas para os séculos futuros e problemas enfrentados pelas sete Igrejas de Ásia, e também apresenta mensagens de alerta para as gerações futuras. Por isso João usa muitos simbolos.
2- A Escola Historicista: O método do Apocalipse é encaixar os eventos históricos específicos. Por exemplo a besta é vista como o papado no tempo da Reforma. Mas existe grande variedade de interpretações através dos anos.
3- A Escola Idealista:
É a mensagem entre o primeiro século e as profecias do futuro, trata principalmente dos princípios válidos na experiencia cristã. Como ainda a besta, o Império Romano no tempo de João, e os sucessivos impérios ímpios até o último imperio que surgirá, do anticristo. Pelo fato fato dos cristãos terem sido perseguidos ao longo dos séculos, cada geração pode identificar qual é a sua besta, ou seja no sentido simbolico.
4- A Escola Futurista: São as profecias dos eventos que ainda vão acontecer, especialmente antes da vinda de Jesus Cristo. O que está no livro tem grande significado principalmente para os da última geração. A besta é vista como anticristo que emerge do Imperio Romano reativado. O livro enfatiza a Segunda Vinda de Cristo, e a verdade é apresentada do ponto de vista futurista.
Apocalipse 22:10 E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.
O texto do Apocalipse define porque o tempo está no fim.
Daniel diz que o livro está selado até o fim. Daniel 12:4 Esto significa que o livro está a ponto de começar o seu cumprimento.
A primeira parte do livro do Apocalipse foi escrito inicialmente as sete Igrejas da Asia, de acordo com a Escola Preterista.
O livro alcançará o seu cumprimento final quando aparecer o último anticristo, e Jesus Cristo volte, esta é a idéia da Escola futurista.
A Escola Futurista divide-se em 2 pontos: o moderado e o extremo. O segundo faz distinção entre Israel e a Igreja, as cartas as sete Igrejas tratam das sete idades da história da Igreja, do capítulo 7 em diante se refere a Israel porque a Igreja, foi raptada ou arrebatada, assim não sofre a grande tribulação.
O futurista vê a besta como o futuro anticristo.
O historicista vê a besta da historia.
O preterista vê a besta dos tempos romanos.
O idealista vê uma sucessão de bestas que conduzem até o anticristo.
O futurista escreve do ponto de vista da Igreja que não está sofrendo persequição, porém a espera do futuro, especialmente do anticristo.
O historicista escreve do ponto de vista da perseguição atual, ou a perseguição recente dos eventos históricos qu estão no Apocalipse.
O idealista olha os períodos anteriores da perseguição, e vê os princípios gerais no Apocalipse.
O preterista mostra como o Apocalipse explica a perseguição dentro do Imperio Romano.
Rev. Jeremias Silva
Diretor
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