SHEKINAH

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

O MINISTÉRIO NO ANTIGO TESTAMENTO

INSTITUTO TEOLÓGICO SHEKINAH

Dr. Jeremias Silva, Pastor

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O MINISTÉRIO NO ANTIGO TESTAMENTO

A palavra Ministério possui o mesmo sentido, no aspecto cristão e secular, por exemplo:
Do latim “ministeriu”, que significa Cargo, Incumbência, Mister, Função, Profissão, Função de Ministro. (Aurélio)

A palavra MINISTRO, é mais abrangente, porém, mantem o mesmo sentido.

Ministro vem do latim “ministru”,que é criado, servo, servidor. Aquele que executa os desígnios de outro. É o medianeiro, intermediário, executor, auxiliar. (Aurélio)

É aquele que tem um cargo ou está incumbido de uma função.

É o auxiliar, executor, membro de um ministério; chefe de delegação de um país, sacerdote.

O verbo MINISTRAR é derivado de SHÃRAT, que significa “ministrar, servir, oficiar”. O termo shãrat é encontrado cerca de 100 vezes no Antigo Testamento.

A primeira referencia é na história de José quando ele se torna escravo de Potifar: “José achou graça a seus olhos e servia-o”. Gn 39:4

O substantivo SHÃRAT está relacionado com o verbo, e significa “ministro” ou “servo”, no sentido próprio da palavra, ou seja, servidor, assistente, ajudante, aquele que é digno de confiança, este substantivo é aplicado aos anjos como ministros de confiança de Deus. (Sl 103:21; 124:4)

A CLASSIFICAÇÃO DOS MINISTROS

O Antigo Testamento apresenta grande variedade de atividades Ministériais, porém trataremos de algumas, como: Pastor, Sacerdote, Levita, Profeta, Anjo, Juíz, Chefe.

O PASTOR – Literalmente é alguém que cuida de ovelhas. Significar “cuidar do rebanho”, “dar pasto”. Jr 17:16; Jr 2:8; 3:15; 10:21; 23:1,2

O SACERDOTE – Vem do Hebraico “KÕHEN”, e significa “sacerdote”, “sacerdócio”, esta palavra é usada principalmente em Levítico, livro chamado de “Manual dos Sacerdotes”.

Deus estabeleceu o sacerdócio com Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar sobre a nação de Israel. Ex 28 e 29


O sacerdote é ministro autorizado de Deus, para ministrar diante do Senhor.

O LEVITA – Levita literalmente era o descentente da tribo de Levi. “Esta tribo foi escolhida por Deus para exercer o sacerdócio (Ml 2.4).

Não significa, que todo levita tinha que ser sacerdote, mas todo sacerdote tinha que ser levita.

Da tribo de Levi, o Senhor chamou profetas como: Jeremias, Ezequiel e Habacuque”.
Deus chama os sacerdotes, (Dt 33:8-10).

O texto refere-se à tribo de Levi, e mostra o zelo especial por Deus. Ex 32:26-29

Deus convoca os Levitas como ministros para serem exemplo.

Os levitas deveriam ensinar a Lei de Deus ao povo.

Não só instruções éticas. Os 4:1-6, mas também decisões sobre casos difíceis de natureza ritual e legal. Dt 17:8-12

• Cuidavam também, dos lugares sagrados e santuários, onde eram oferecidos incenso e sacrifícios em favor do povo.

• Outra responsabilidade era o Urim e o Tumim, que era o meio oficial de se lançar sortes. Apresentando uma resposta de Deus em forma de “sim” ou “não”.

O Urim e Tumim ficavam no peitoral do sacerdote, e eram usados por solicitação de pessoas ou do rei. 1Sm23:9-12; 28:6

O PROFETA – “RO’EH” no hebraico, é traduzido por “vidente”, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros.

Significa que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas via tudo conforme a perspectiva do próprio Deus.

Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.

NABI’ – É a principal palavra hebraica para “profeta”, e aparece 316 vezes no Antigo Testamento. NABI’IM é sua forma plural.

Significa que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas via tudo conforme a perspectiva do próprio Deus.

Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.

NABI’ – É a principal palavra hebraica para “profeta”, e aparece 316 vezes no Antigo Testamento. NABI’IM é sua forma plural.

O significado do verbo “profetizar” é: Emitir palavras abundantemente da parte de Deus, por meio do Espírito de Deus”.

Sendo assim, o nabi’ (profeta) era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do Espírito de Deus.

Os profetas falavam, em lugar de Deus, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte do Senhor.

No Antigo Testamento, o profeta também era conhecido como:

1- Homem de Deus”. 2Rs 4:21,

2- Servo de Deus. Is 20:3; Dn 6:20,

3- Homem que tem o Espírito de Deus sobre

si. Is 61:1-3,

4- Atalaia, Ez 3:17, e

5- Mensageiro do Senhor, Ag 1:13

Os profetas interpretavam sonhos (José, Daniel) e interpretavam a história, presente e futura sob a perspectiva divina.

O profeta não era simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo Espírito de Deus. Ez 37:1,4

O Espírito de Deus e a Palavra estavam sobre o profeta do Antigo Testamento, e ele possuía estas três características:
1 - Conhecimentos divinamente revelados - Ele recebia conhecimentos da parte de Deus no tocante às pessoas, aos eventos e à verdade redentora.

O propósito principal de tais conhecimentos era encorajar o povo a permanecer fiel a Deus e ao seu concerto.

A característica distintiva da profecia, no Antigo Testamento, era tornar clara a vontade de Deus ao povo mediante a instrução, a correção e a advertência.

O Senhor usava os profetas para pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido.

De Israel e de Judá, surgiram profecias específicas a respeito do Messias e do reino de Deus, e ainda sobre os eventos mundiais que ainda vão acontecer.

2 - Poderes divinamente outorgados:

Os profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude do Espírito de Deus.

Através dos profetas, eram demonstrados de modo sobrenatural diante do mundo, como Deus é, e o seu poder que, doutra forma, o ser humano não alcançaria.

3 - Estilo de vida característico - Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades corriqueiras da vida a fim de viverem exclusivamente para Deus.

3 - Estilo de vida característico:

Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades da vida a fim de viverem exclusivamente para Deus.

Protestavam intensamente contra a idolatria, a imoralidade e iniqüidades cometidas pelo povo, bem como a corrupção praticada pelos reis e sacerdotes.

Suas atividades visavam mudanças santas e justas em Israel.

Suas investidas eram sempre em favor do reino de Deus e de sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os riscos pessoais.
Referências bíblicas quanto aos termos: Falsos profetas e profetizas:
• Falsos Profetas – Profetas impostores que se fazem passar por homens de Deus, mas não possuem autoridade divina. Dt 18:20; Is 9:15; Jr 14:13; Ez 13:3; Zedequias, 1Rs 22:11; Jr 29:21
• Profetisa – Era a mulher profeta, que tinha revelações proféticas e as declarava. (Ex 15:20; Jz 4:4; 2Rs 22:14

A palavra hebraica “NEBÎÃH”, significa profetiza e acontece 6 vezes no A.T.

A esposa de Isaías também é chamada de “profetisa”. Is 8:3.

Ainda usavam esta palavra os “profetas” pagãos como por exemplo os de Baal e os de Aserá, que comem da mesa de Jezabel. 1Rs 18:19

ANJO - A palavra “anjo” deriva-se do hebraico MAL’ÃK, e significa também “mensageiro”. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus, criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38:4-7; Sl 148:2,5).

O substantivo mal’lãk aparece 213 vezes no hebraico bíblico e grande maioria deste número ocorre nos livros históricos onde geralmente encontra-se a palavra “mensageiro”.

31 vezes em Juízes, 20 em 2Reis, 19 vezes em 1Samuel e 18 em 2Samuel. Esta palavra traz a alusão de alguém enviado a grande distância por alguém (Gn 32:3) ou por uma comunidade (Nm 21:21) com o intuito de comunicar uma mensagem. As vezes são chamados de filhos de Deus como em (Jó 1:6).
1 - A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1.31). Tendo livre-arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28:12-17) e abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial.
2 - A Bíblia fala numa vasta hoste de anjos bons (1Rs 22:19; Sl 68:17; 148:2; Dn 7:9-10), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas Escrituras: Miguel (Dn 12:1) e Gabriel (Dn 9:21).

Os anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo (“anjo principal); há serafins (Is 6:2), querubins (Ez 10:1-3).
3 - Como seres espirituais, os anjos bons louvam a Deus, cumprem a sua vontade (Nm 22:22; Sl 103:20).
4- Os anjos executam numerosas atividades na terra, cumprindo ordens de Deus. Servem em favor do povo de Deus (Dn 3:25; 6:22), são portadores de mensagens de Deus (Zc 1:14-17), trazem respostas às orações (Dn 9:21-23), às vezes, ajudam a interpretar sonhos e visões proféticos (Dn 7:15-16), protegem os santos que temem a Deus e se afastam do mal (Sl 34:7; 91:11; Dn 6:22), castigam os inimigos de Deus (2Rs 19:35).

JUÍZ – “É aquele que tem o poder de julgar” (Aurélio). É exatamente esta a idéia do termo hebraico SHÃPHAT, forma verbal que significa “julgar, livrar, dominar”, entretanto, não é somente usada para aludir a um ato de livramento, mas abrange a um processo por meio do qual a ordem e a lei são mantidas dentro de um grupo. Esta idéia encontra-se veementemente no conceito dos juízes de Israel (Jz 4:4).

A atividade de juiz era judicial e constituía um tipo de governo em Israel. Veja a situação de governo dos juízes de Israel antes de pedirem um rei : “O libertador Militar era o chefe de um exército voluntário conclamado quando havia ameaça de perigo. Nos dias de Samuel, este procedimento provou ser inadequado para Israel. Eles queriam um líder que organizasse e conduzisse um exército parado. Eles pediram a Samuel um rei como tinham as outras nações, um que fosse hábil e treinado na guerra, e cujo sucessor (o filho) também fosse treinado cuidadosamente. Como conseqüência, haveria mais continuidade na liderança”. Se observarmos literalmente não havia “problema” naquela decisão, porém, o foco se havia perdido. Queriam um rei como as outras nações, bem como, organizar através de pagamentos de impostos e recrutamento da nação sob a orientação de um regente (1Sm 8:6-18).

CHEFE – A palavra no Antigo Testamento hebraico referindo-se a chefe é SAR, e tem o significado de “oficial, líder, comandante, capitão, chefe, príncipe, governante”. Ocorre cerca de 420 vezes no hebraico bíblico, não aplica-se a israelitas e sim a “funcionários ou representante do rei” a primeira ocorrência dar-se em (Gn 12:15). Pode expressar “homens que tem responsabilidades sobre outros”, no contexto profissional define-se como “líder” de uma atividade, grupo ou distrito (Gn 21:22; 37:36), neste contexto seria o “funcionário-mor” (Gn 40:2).
O plural da palavra SARÎM, significa “nobres” e aplica-se a líderes locais de Israel (Jz 8:6), traduzido aqui por príncipe.
Em diversas aparições do texto sar, se refere a tarefa de “governar”, como por exemplo, a ocasião de (Êx 2:14), que traduz-se aqui por “líder, governante e juiz”, como também em (Ex 18:21). O chefe do exército de Israel era chamado de sar (1Sm 17:55).

Em si tratando de Chefe ou Principais, entre os levitas o termo é usado no plural SARÎM. Já no livro do profeta Daniel sar, traz a idéia de “seres sobre-humanos” e de “anjos protetores”.

Dr. Jeremias Silva

SHEKINAH THEOLOGICAL INSTITUTE

Diretor

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