SHEKINAH

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

SHEKINAH THEOLOGICAL INSTITUTE

A VIDA DEPOIS DA VIDA

A MORTE

A morte é uma das poucas experiencias que alcança a todo ser humano.

Tânatos como um jovem alado, em escultura em mármore do templo de Artemisa em Éfeso (ca. 325-300 a.C.)..jpgA palavra morte vem da mitologia grega, Tânatos (do grego θάνατος, transliterado Thánatos) que era a personificação da morte.

Escultura em marmore de Tânatos como um jovem alado, que está no templo de artemisa em Éfeso (ca. 325-300 a.C.).

Tânatos para os romanos é Orco (Orcus em latim) ou ainda Morte (Mors). Que era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze.

Para os gregos Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. E para os romanos era Plutão

Diz a mitologia que Tânatos nasceu em 21 de agosto sendo a sua data de anos o dia favorito para tirar vidas.

Nix era o pai de Tânatos e seu irmão gemeo Hipnos, o deus do sono e era representado como uma nuvem prateada ou um homem de olhos e cabelos prateados e habitaria os campos elísios junto com seu irmão.

A morte é uma das poucas experiencias que alcança a todo ser humano e da qual ninguém escapa

ASPECTOS BIOLOGICOS DE COMO ACONTECE A MORTE

Biologicamente a morte pode acontecer para o todo o organismo ou apenas para parte dele.

É possível as células individuais morrerem, ou mesmo orgãos, mas assim mesmo o organismo continuar a viver.

Muitas células individuais vivem por pouco tempo e a maior parte das células de um organismo são continuamente substituídas por novas células.

Quando chega o final do ciclo de renovação da celula, não existe mais renovação, e o organismo vai funcionar com menos células.

E isso influencia o desempenho dos órgãos num processo degenerativo até o ponto em que não haverá mais condições de propagação de sinais químicos para o funcionamento das funções vitais do organismo; o que seria morte natural por velhice.

Também é possível que um alguém continue vivo, mas sem sinal de atividade cerebral, é a morte cerebral; nesses casos os tecidos e órgãos vivem e podem ser usados para transplantes.

E nesses casos, os tecidos sobreviventes precisam ser removidos e transplantados rapidamente ou morrerão também.

Em raros casos, algumas células podem sobreviver, como no caso de Henrietta Lacks (um caso em que células cancerígenas foram retiradas do seu corpo por um cientista, continuando a multiplicar-se indefinidamente).

A MORTE É IRREVERSÍVEL

A irreversibilidade é um dos atributos da morte. Cientificamente, é impossível trazer de novo à vida um organismo morto. Se um organismo vive, é porque ainda não morreu anteriormente.

ESTUDO SOBRE A VIDA DEPOIS DA VIDA

1- O que a alma vê no outro mundo?

2- O que acontece na vida depois da morte.

3- O relato de pessoas que se mataram.

4- A viagem da alma ao céu.

RELATO DE UM PACIENTE

Dean, um adolescente de 16 anos, que teve uma aguda insuficiencia renal conta: "Eu estava na Unidade de Terapia Intensiava do hospital Infantil de Seattle . Em um instante me vi parado sobre meus pés, e movendo-me com grande velocidade num grande espaço escuro.

Não via paredes ao meu redor, porém me sentia como se estivesse em um túnel.

Não sentia o vento, porém percebia que me movia com uma enorme velocidade.

Apesar de não entender para onde estava indo, e nem para que, sentia que no final do meu misterioso voô, me esperava algo muito importante e eu queria chegar o mais rápido possivel ao final.

No final encontrei um lugar claro, cheio de uma brilhante luz e notei que alguem estava perto de mim. Era alto, com longos cabelos dourados e vestido de branco, e usava um cinturão.

Não falava, porém eu não sentia medo, porque irradiava dele um grande paz e amor.

Se não era Jesus Cristo, seguramente era um Anjo".

Depois desta experiencia, Dean sentiu que voltou ao seu corpo e despertou.

Esta curta experiencia deixou uma profunda marca na alma de Dean, que se tornou um jovem muito dedicado na obra do Senhor, e causou grande influencia em toda a sua familia.

EXPERIENCIA DE QUASE MORTE - EQM

A ciencia estuda casos de quase morte atrvés de pessoas que depois de passarem por uma cirurgia, recuperaram suas funções vitais depois de uma intervenção médica.

Muitas pessoas que dizem ter visto uma luz, um túnel iluminado e às vezes vendo-se a si mesmo, fora do próprio corpo, durante uma cirurgia.

Os médicos ficam divididos, alguns interpretam que "luz" vista pelos pacientes de quase morte, é a luz no caminho para os céus.

A obra "República", de Platão, escrita em 360 a.C., contém a lenda de um soldado chamado Er que foi ferido em combate. Er descreveu sua alma deixando seu corpo e, do céu, viu-a sendo julgada junto com outras almas.

A maioria das "experiência de quase-morte" tem as seguintes percepções:

Sensações de tranqüilidade - Essas sensações; como paz, aceitação da morte, conforto físico e emocional.

Luz radiante, pura e intensa - Uma luz que enche o quarto. Outros casos os pacientes pensam que estão no Céu.

Experiências fora do corpo - A pessoa sente que deixou o corpo, e olhar para baixo e vê o corpo, e descreve os médicos trabalhando nele.

Seres espirituais - A pessoa encontra "seres de luz”.

MORTE SINCOPAL

É a mais frequente das causas, resultando, em geral, de uma problema cardiovascular central ou periférica, bem como por perturbação encefálica ou metabólica.

MORTE HISTÉRICA (letargia e catalepsia)

As crises histéricas ocupam o segundo lugar no estado de morte aparente. A palavra generica letargia significa todos os estados de sopor de longa duração, acompanhados de perda de movimentos, sensibilidade e consciencia, que podem ser confundidos com a morte real.

MORTE APOPLÉTICA

É causada pela congestão (ingurgitação) e hemorragia de uma artéria encefálica.

É mais freqüente em pacientes com antecedentes de hipertensão arterial essencial, mas também pode observar-se em outros quadros.

MORTE RÁPIDA

Morte rápida ou súbita aquela que é breve no processo - desde segundos até horas.

ESTUDO SOBRE A VIDA DEPOIS DA VIDA

O que a alma vê no outro mundo? Veja o que acontece na vida depois da morte. O relato de pessoas que se mataram. A viagem da alma ao céu.

"Eu estava na Unidade de Terapia Intensiava do hospital Infantil de Seattle — conta Dean, um adolescente de 16 anos, que teve uma aguda insuficiencia renal. Em um instante me vi parado sobre meus pés, e movendo-me com grande velocidade num grande espaço escuro. Não via paredes ao meu redor, porém me sentia como se estivesse em um túnel. Não sentia o vento, porém percebia que me movia com uma enorme velocidade. Apesar de não entender para onde estava indo, e nem para que, sentia que no final do meu misterioso voô, me esperava algo muito importante e eu queria chegar o mais rápido possivel ao final.

No final encontrei um lugar claro, cheio de uma brilhante luz e notei que alguem estava perto de mim. Era alto, com longos cabelos dourados e vestido de branco, e usava um cinturão. Não falava, porém eu não sentia medo, porque irradiava dele um grande paz e amor. Se não era Jesus Cristo, seguramente era um dos seus Anjos".

Depois desta experiencia, Dean sentiu que voltou ao seu corpo e despertou. Esta curta experiencia deixou uma profunda marca na alma de Dean, que se tornou um jovem muito dedicado na obra do Senhor, e causou grande influencia em toda a sua familia.

No seu livro "Para a luz," o Dr. Morse afirma que todos as crianças que conheceu e passaram pela morte temporal, quando cresceram se mostraram crentes sérios e moralmente mais limpos que os outros.

Todos receberam a experiencia vivida como uma Graça de Deus, e entenderam que se deve viver para o bem.

A mairoria dos médicos e psiquiatras não aceitam qualquer tipo de manifestação espiritual e não creeem na existencia da alma. Em 1975 houve uma grande mudança com a publicação do livro do Dr. Raymond Moody "A vida depois da vida". No livro Dr. Moody apresenta vários de pessoas que passaram pela morte clínica.

Os relatos de alguns dos seus conhecidos fizeram o Dr. Moody envolver-se com o problema do processo da morte.

Assim que o livro saiu começou uma grande discusão do tema, com debates públicos. Porque os relatos comprovavam que o homem não cessa de existir, a sua alma continua vivendo.

O QUE ACONTECERÁ QUANDO VOCÊ MORRER ?

O seu espírito deixará seu corpo e irá para um dentre dois lugares para alí esperar até a ressurreição do seu corpo ?

Se a pessoa aceitou Jesus Cristo como Senhor e Salvador, o seu espírito vai ficar com o Senhor no céu. Mas se recusou o plano de salvação e vida eterna, irá então para o Hades (também chamado inferno).

Lucas 16:22-23. O mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico... e no Hades, ergueu os olhos estando em tormento.

Quando a Biblia fala de "sono da morte", estamos nos referindo apenas ao corpo, o qual voltará à vida na ressurreição. A alma não dorme na morte, permanecendo completamente consciente. O corpo é como uma casa, da qual a alma a o espirito se mudam depois da morte para ir morar noutra melhor.

2 Co 5:1,8 Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna nos céus... e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o SENHOR.

Não Há Ensinamento Sobre a Morte Eterna no Antigo Testamento

As mortes mencionadas no Antigo Testamento referem-se à morte do corpo, e o único lugar para onde as pessoas vão após morrerem é o Hades, e não o inferno.

Poucas passagens mencionam a palavra inferno. Contudo, tais passagens são traduções erradas ou deveriam ser interpretadas de outra forma. Todas as mortes mencionadas no Antigo Testamento são a morte do corpo. Elas não são a morte eterna. O Antigo Testamento foi escrito aos judeus. Por serem homens terrenos, suas faltas também eram terrenas, e suas punições, punições terrenas.

Não estou dizendo que não haja a morte eterna no Antigo Testamento. Contudo, o Antigo Testamento nunca nos ensina nada sobre a morte eterna. No Antigo Testamento, os que eram abençoados por Deus tinham muito gado, ovelhas, ouro e prata. Esses eram os sinais da bênção de Deus. Mas no Novo Testamento, os que são abençoados por Deus podem dizer: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (At 3:6). No Antigo Testamento havia o ouro e a prata. No Novo Testamento não há prata nem ouro. O Antigo Testamento, ainda que não trate exclusivamente das coisas da carne, fala principalmente do aspecto físico e material das coisas. No Antigo Testamento, quando um homem era abençoado por Deus, ele desfrutava uma vida longa, tinha muitos descendentes e muita riqueza. Essas eram as bênçãos do Antigo Testamento. Todavia, no Novo Testamento não vemos essas coisas. Pelo contrário, vemos que Tiago morreu e que Estêvão morreu. Muitos foram martirizados por amor ao Senhor; eles não foram de forma alguma amaldiçoados. Além disso, o Novo Testamento nunca tomou a descendência como um item da bênção. Pelo contrário, os que vivem para o Senhor devem permanecer virgens. Portanto, o que o Antigo Testamento nos mostra e o que o Novo Testamento nos mostra são duas coisas totalmente diferentes.

Isso não significa que no Antigo Testamento não haja a morte eterna. Porém, isso não é mostrado como ensinamento. Pelo fato de o homem não compreender essa verdade, o Novo Testamento relata-nos acerca da morte eterna. No Antigo Testamento existem uns poucos lugares que parecem falar da morte eterna, contudo são traduções equivocadas. Um deles é traduzido para o perverso sendo lançado no inferno (Sl 9:17). Na verdade, porém, deveria ser traduzido para o perverso indo para o Hades; é algo temporário, e não para a eternidade. Em Isaías 66:24 menciona-se o verme que nunca morrerá e o fogo que não se apagará. Parece estar falando da mesma coisa que o Evangelho de Marcos (9:48). Mas, por favor, lembre-se de que Isaías não estava dizendo que se os israelitas não se arrependessem iriam para o inferno, onde os vermes não morrem e o fogo não se apaga. Isaías não estava ensinando sobre a morte eterna; estava apenas profetizando a respeito de um grupo de pessoas que irá para o inferno no final do milênio, onde os vermes não morrerão e o fogo não se apagará. Se relacionarmos esse versículo de Isaías com o ensinamento sobre a morte eterna, estaremos impondo-lhe uma conotação que é alheia a ele.

MUITOS NÃO DESFRUTAM DA EFICÁCIA DE JESUS CRISTO

Gálatas 5:4 “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”.

No grego a palavra “vos desligastes” é katargeo. É um verbo passivo. A palavra Kata tem o sentido de desligamento. A palavra katargeo significa ser apartado do efeito e da função.

Vemos então a diferença entre

1- Separação de Cristo e

2- Ser afastado da eficácia de Cristo.

Paulo está falando que se eles guardassem a lei, decairiam da graça. Se quisessem apegar-se à lei, teriam de abrir mão da graça. Se seguissem a lei, perderiam a eficácia de Cristo.

O QUE É EFICÁCIA DE CRISTO?

Se a eficácia de Jesus Cristo é manifestada em mim, posso regozijar-me. Embora eu seja fraco e inútil, sei que Sua graça é suficiente para mim, e meu coração pode ficar em paz. Essa alegria e paz que tenho em meu coração é o efeito de Cristo em mim.

Isso é Cristo operando Sua eficácia em mim. Eu não tento ser salvo por minhas obras. Sei que já estou salvo, porque entreguei minha vida para Jesus.

Posso descansar em Sua obra. Isso é a eficácia de Cristo. Hoje muitos cristãos desviaram-se de Cristo. Porque deixaram de receber a eficacia de Jesus Cristo.

Suponha que eu deva muito dinheiro a alguém. Não posso pagá-lo mesmo que eu venda tudo o que tenho. Ora, tenho um ótimo amigo, e ele me diz que, como estou tão endividado, fará um cheque para que eu quite meus débitos. Contudo, sou preguiçoso, preguiçoso demais para descontar o cheque. Agora tenho dinheiro em casa? Sim, mas também tenho uma dívida em casa. Tenho o cheque, mas ele não é eficaz para mim. A dívida ainda existe, ela não foi paga. Hoje Deus já nos deu o cheque. Nós, porém, não “descontamos esse cheque” para obter sua eficácia.

Portanto, “estar separado de Cristo“ e “Cristo de nada nos aproveita” são duas coisas diferentes.

Ser separado de Cristo é não ser salvo. Mas nós, cristãos, nunca podemos ser separados de Jesus Cristo. Romanos 8 nos diz o que fazer para não sermos separados de Cristo, e que ninguém pode separar-nos do amor de Cristo.

A graça que recebemos de Cristo e a bênção que temos da parte de Deus são ordenadas por Deus.

Através da Obra Redentora que Jesus Cristo realizou por nós, o problema da vida e da morte eternas já foi resolvido. Não há como anular isso, porque está baseado na justiça de Deus.

Uma pessoa pode preocupar-se em como receber graça e como conservar sua salvação. Quando alguém se aparta da eficácia de Cristo, ele não recebe o efeito que deveria receber de Cristo.

O Argumento Baseado em 1 Coríntios 8:11

Neste livro consideraremos mais alguns versículos. Em 1 Coríntios 8:11 diz-se: “E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu”. Esse versículo apresenta um problema. A pessoa citada aqui é claramente salva, posto que é chamada de irmão. É verdade que se trata de um irmão fraco. Contudo, é um irmão, uma pessoa que pertence ao Senhor. Aqui, no entanto, diz que ele pode perecer. A palavra perecer (apollumi - gr.) inclui dois significados. Pode ser traduzida para perecer ou para destruir. Entretanto, essa palavra é a mesma palavra perecer usada em João 3:16, onde diz que todo o que Nele crê não apollumi, mas tem a vida eterna. Se podemos usar a palavra destruir em 1 Coríntios 8:11, então poderíamos traduzir João 3:16 para destruir também. Eis aqui, portanto, um problema.

Ao lermos a Bíblia, não a podemos ler de maneira superficial. Devemos estudar o contexto em detalhes. Somente após lermos cuidadosamente o contexto, poderemos conhecer o que o versículo diz. Não se consegue ouvir claramente o que outros estão dizendo encostando o ouvido na janela. Uma das maiores tolices do mundo é ouvir os outros por trás das portas, através dos buracos das fechaduras, pois pode-se não ouvir o que foi dito antes ou depois. Se você tirasse uma sentença fora do contexto da Bíblia, certamente não seria capaz de entendê-la com clareza. A fim de compreendê-la claramente, deve-se ler o contexto.

O assunto de 1 Coríntios 8 é a proibição aos cristãos de comer comida oferecida a ídolos no templo do ídolo. Os cristãos coríntios supunham que não havia nenhum problema se os cristãos comessem comida oferecida a ídolos no templo do ídolo. Sua explicação era que havia somente um Deus nos céus e na terra. Os ídolos nada são. Se alguém oferece comida aos ídolos, e os ídolos são reais, então as ofertas são reais. Se os ídolos não são reais, então as ofertas não são ofertas, de forma alguma, mas somente comida. Se não são ofertas, que mal há em comê-las? Se os ídolos não são reais, então os templos são apenas não-templos, e nada significaria comer das ofertas nos templos dos ídolos. Eles, portanto, pensavam que as ofertas podiam ser comidas. Isso era o que os coríntios diziam.

Paulo, no entanto, disse que as ofertas não deveriam ser comidas. Sua explicação não era que os ídolos eram reais ou que os templos o fossem. No início do capítulo oito, Paulo disse: “No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber”. A palavra “todos” refere-se aos cristãos coríntios. Porque todos têm conhecimento, todos podem comer. Entretanto, “o saber ensoberbece, mas o amor edifica”. O propósito do amor é edificar a outros, enquanto o conhecimento ensoberbece. É verdade que o Pai é Deus, que Jesus é o Senhor, e que os ídolos nada são. Havia, entretanto, muitos irmãos fracos na igreja em Corinto. Eles não tinham o conhecimento; a mente deles não era tão perspicaz como a dos demais. Mesmo que você tentasse explicar-lhes, esses irmãos fracos não entenderiam. Eles ainda pensavam que era contra o mandamento do Senhor fazer algo assim. Alguém precisava lembrar aos “senhores do saber” quem eram esses fracos e quais os seus antecedentes. Hoje você pode achar que os ídolos nada são. Mas aqueles que anteriormente haviam ofertado aos ídolos achavam que estavam ofertando a Deus, por pensar que os ídolos eram deuses. Quando você come você não sente nada. Mas se eles comem é como se estivessem revendo seus pecados passados. Eles não são como você. Você tem o conhecimento, portanto pode comer e ir embora. Mas eles se sentiriam como que fazendo o mesmo que tinham feito antes e pecando como antes. Na mente deles ainda consideravam isso como pecado. Portanto, por causa dos outros cristãos, e por amor a eles, embora você possa ter o conhecimento, é preferível não comer. Você tem o conhecimento, mas eles não. Diante de Deus eles sentem-se condenados em sua consciência. Sentem que cometeram um grande pecado e que estão caindo novamente. Portanto, por causa deles, nós não comemos. Esse é o significado geral dessa passagem.

Os versículos 4 a 7 dizem: “No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele. Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se”. Por favor, note a palavra familiaridade aqui. Esse era o antigo hábito deles. O versículo 12 diz: “E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais”. Essa passagem ensina as pessoas a se absterem de comida sacrificada a ídolos por causa do amor pelos irmãos. Você não pode agir livremente e colocar seu irmão em dificuldades simplesmente porque você tem conhecimento.

Do versículo 7 até o fim do capítulo, o problema era da consciência. Não se tratava de um problema do espírito. Paulo, aqui, não estava falando acerca da salvação eterna ou da perdição eterna. Paulo nos estava dizendo o que fazer em relação a um irmão com uma consciência fraca. Se um homem faz algo que sabe que pode fazer, sua consciência não o condenará. Se, contudo, faz algo que sabe que não deveria fazer, sua consciência irá condená-lo e reprová-lo continuamente. Por exemplo, sabemos que não precisamos guardar o domingo nem o sábado. Não há problemas em fazer compras e trabalhar no domingo. Nossa consciência nunca nos condena. Isso é uma graça do Novo Testamento. O Senhor não colocou sobre nós o fardo do sábado. Alguns, no entanto, não têm esse conhecimento. Quando fazem compras no domingo, pensam ter cometido um grande pecado. Após terem feito isso, sua consciência não ficará em paz. Às vezes, a questão do pecado é simplesmente uma questão de consciência. A consciência do homem determina para ele quais são seus pecados.

Paulo estava se referindo a um irmão fraco. Outrora esse irmão adorava ídolos. Agora vê outros comendo, e deseja juntar-se a eles. Para você não há problema em comer, porque tem discernimento e sabe que os ídolos nada significam. Portanto, pode comer livremente. Ele come, não porque tenha discernimento, mas porque vê você comendo. O tempo todo em que ele está comendo, ele não tem paz. Você come com alegria. Ele come com temor. Após essa refeição, ele não consegue mais orar. A consciência dele lhe diz que pecou e abandonou a Deus para adorar ídolos, exatamente como costumava fazer. A consciência dele começa a perecer diante de Deus. Ele sente-se culpado perante Deus e acha que está acabado, que voltou aos seus antigos pecados.

Além de João 3:16, a palavra original para perecer também aparece em Lucas 13, 15 e 21. Contudo, nessas três passagens, essa palavra foi utilizada de forma muito diferente. No capítulo treze, Pilatos havia matado diversas pessoas e misturado o sangue delas com os sacrifícios que elas mesmas realizavam. O Senhor Jesus disse às pessoas que não considerassem esses galileus mais pecaminosos do que elas mesmas. A menos que se arrependessem, todos eles igualmente pereceriam. Perecer, aqui, refere-se ao corpo ser morto, e nada tem a ver com a alma do homem. O Senhor disse que houve dezoito mortos quando a torre de Siloé desabou. A não ser que se arrependessem, eles pereceriam da mesma forma. Isso se refere à morte do corpo exterior.

Na parábola do filho pródigo no capítulo quinze, o pródigo disse: “Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui pereço de fome!” Aqui, morrer não se refere à alma perecer. Portanto, tal palavra não se refere apenas à morte eterna, mas também à morte do corpo e à inanição. Pode-se considerar que alguém perece quando é morto, e pode-se também considerar que alguém perece quando está morrendo de fome.

No capítulo vinte e um do Evangelho de Lucas, o Senhor diz que o cabelo de nossa cabeça de modo algum perecerá (lit.). Até nosso cabelo pode perecer. Ora, não há possibilidade de que isso signifique morte eterna. A partir dessas três passagens, pode-se imediatamente ter uma idéia do que Paulo quis dizer aqui. Ele referia-se a algo que pudesse fazer perecer a consciência de um irmão fraco. Na reunião este poderia não ser mais capaz de orar. Poderia pensar que estava acabado, que havia adorado a ídolos novamente e que havia comido a comida oferecida a ídolos no templo pagão. Ele poderia achar que havia abandonado o Deus vivo e a consciência dele seria destruída por sua causa.

Se lermos cuidadosamente esta porção da Escritura, (1 Co 8) do versículo 7 em diante, veremos por que Paulo disse aquilo. “Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se”. Por favor, note que isso se refere àqueles cuja consciência, sendo fraca, é contaminada. “Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos se comermos”. Este é categoricamente nosso padrão: se comermos não existe mérito, e se não comermos não há perda. Mas os que não têm o conhecimento têm um problema quanto a isso. “Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos”. A fraqueza aqui não se refere à fraqueza moral ou à doutrinária. Pelo contrário, refere-se à fraqueza na consciência. Se ela significasse a fraqueza na condição moral ou doutrinária de alguém, o versículo perderia seu significado. Ela refere-se, sim, à fraqueza na consciência. “Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos?” Os que têm consciência fraca pensam que uma vez que os outros podem comer eles também podem. Contudo, se este vem a comer, a sua consciência ficará contaminada. “E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu”. Portanto, perecer, aqui, não se refere à perdição eterna de um irmão salvo. Perecer, aqui, refere-se ao tropeço espiritual de um irmão devido à fraqueza.

Se o que 1 Coríntios 8 diz é que o conhecimento de um irmão pode levar o outro a perecer eternamente, então posso dizer que para ser salva ou para perecer, uma pessoa depende do conhecimento de outra. Se esse fosse o caso, eu poderia mandar cada um de vocês para o inferno por meio de meu conhecimento. Se esse fosse o caso, o perecimento de um homem não seria determinado por ele mesmo, mas pelos outros. Sabemos que não pode haver coisa semelhante. A Bíblia diz que todo aquele que crê no Senhor Jesus terá vida eterna. Se um homem perecerá diante de Deus ou não, depende de ele crer no Senhor Jesus. Como poderiam os outros levar-me para o inferno? Isso é absolutamente não-bíblico. Com relação ao uso da palavra perecer, podemos dizer que aqui ela não se refere à questão da vida e morte eternas. Pelo contrário, refere-se ao dano da consciência e a fazer uma pessoa tropeçar.

Prossigamos. O versículo 12 diz: “E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais”. Pecar contra os irmãos, aqui, refere-se a levar um irmão fraco a perecer por meio do conhecimento, no versículo 11. Pecar, no versículo 12, refere-se ao perece no versículo 11. O versículo 12 diz que quando você faz seu irmão perecer por causa do seu saber, você está golpeando a consciência fraca dele. Portanto, o perecer mencionado no versículo anterior refere-se ao golpear a consciência. Isso não se refere à vida eterna ou à morte e perdição eternas.

O versículo 13 prossegue dizendo-nos o que é golpear a consciência: “E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo”. Se você puser esses três versículos juntos, verá o que significa perecer aqui. Perecer é golpear a consciência fraca do irmão, e golpear a consciência fraca do irmão é levar meu irmão a tropeçar. Portanto, os versículos 11, 12 e 13 são três elos unidos. Eles mostram-nos o que é perecer. O que é tratado aqui não é absolutamente o perecer em relação à salvação. Se você insistir em explicar dessa forma, dizendo que uma pessoa salva perecerá, achará difícil sustentar esse argumento. Você enfrentará dificuldades explicando-o dessa forma

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